quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Amenorréia

AMENORRÉIA
- o melhor critério para estabelecer o diagnóstico de menopausa é a dosagem de FSH sérico (que deve estar elevado).
- amenorréia sindrômica é a presença de sinais e sintomas como ondas de calor, alterações de peso, galactorréia e hirsutismo.
- na amenorréia por esgotamento folicular o diagnóstico é basicamente funcional ou bioquímico. A ausência se função estrogênica significativa determina a elevação dos níveis das gonadotropinas, tanto FSH como LH.
- DIAGNÓSTICO (exames complementares habitualmente solicitados na 1ª consulta):
- teste do progestágeno
- perfil gonadotrópico
- ultra-sonografia pélvica ou transvaginal
- o perfil gonadotrópico compreende as dosagens séricas de FSH, LH e PRL. FSH elevado, acima de 30 mUl/ml, é considerado patognomônico de amenorréia ovariana no sentido de um climatério precoce ou de um bloqueio auto-imune dos ovários. O mesmo é válido para um LH acima de 15 mUl/ml (em conjunto com o FSH elevado). [a elevação isolada de LH pode ocorrer na síndrome dos ovários policísticos]
- a partir dos 40 anos de idade pode se rotular o quadro de menopausa se a duração da amenorréia for no mínimo de 1 ano.
- as amenorréias provocadas por hiperprolactinemia somente ocorrem quando a dosagem de prolactina se aproxima de 50 ng/ml. Níveis de prolactina acima de 100 ng/ml recomenda-se que seja feita uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética da sela túrcica para detectar tumor hipofisiário. Afastada a hipótese de tumor, a hiperprolactinemia é não tumoral ou funcional; este termo é sinônimo de amenorréia neural, e o caso deverá se submetido à avaliação psicológica e neurológica. Em todos os casos de hiperprolactinemia recomenda-se a dosagem do TSH (hipotireoidismo primário é determinado por hipertrofia e hiperplasia das células tireotrópicas da hipófise, o que traz um aumento do volume da sela túrcica e elevação da PRL).
- o tumor mais comum na hipófise é o prolactinoma. Esse tumor determina classicamente amenorréia e galactorréia.
- havendo manifestações clínicas sugestivas de androgenemia (hirsutismo, acne ou virilização) recomenda-se fazer dosagens de testosterona, androstenediona e deidroepiandrosterona.
- o caso mais comum da insuficiência hipotálamo - hipofisária é a existência de processo neural funcional, sendo os principais exemplos a anorexia nervosa, o exercício físico excessivo associado a perda de peso, o regime alimentar restritivo em excesso e o estresse emocional.
O estresse emocional está associado a produção excessiva do hormônio hipotalâmico liberador de ACTH (o CRH) [o CRH parece diminuir a pulsatilidade do LH]. O nível de gonadotropinas é baixo, sobretudo o LH.

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